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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Em time que está ganhando..... não se mexe na véspera!



Esta postagem é inspirada no comentário de uma leitora, que não pôde ir a um casamento na família porque teve uma reação alérgica forte no rosto, causada pela tintura de cabelo. (Não vou falar o nome da leitora, pois não sei se ela se incomoda com a referência).

Na minha opinião, ela está certíssima em não ir... se a gente não está se sentindo bem, não adianta ir com vergonha, incomodada ou "dopada" por remédios. (Há! se a opção "dopada por remédios" existisse em muitos casos.... tinha muito alérgico dopado feliz por aí rss ..... rindo para não chorar....)

Enfim, a questão aqui não é discutir "sair ou não sair de casa" com crise alérgica (o que também renderia uma boa discussão, mas quis dar um foco diferente).

O foco hoje é: Nós, alérgicos, não devemos usar coisas novas em datas próximas a eventos importantes!!! Não é no dia da sua formatura que você vai usar aquela maquiagem nova chiquérrima, não é na véspera do casamento do seu filho que você passa o desodorante hipoalergênico que uma amiga recomendou e não é na véspera de uma reunião importante que você toma um antialérgico que nunca tomou! 

Temos que dar um tempo para o corpo recuperar até a data especial, caso o novo produto não dê certo conosco! Melhor testar antes, com tempo, ou então deixar para depois.....

É claro que às vezes não tem jeito! Eu já esqueci produtos enquanto estava viajando e tive que arriscar com o que consegui comprar (nesse caso, melhor hidratante desconhecido do que nenhum hidratante.... mas é um risco grande!).

Moral da história: Em time que está ganhando..... não se mexe na véspera! Lembrando que "sempre pode piorar" (triste, mas é verdade....)
Imagem Yahoo

Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os leitores que comentam no blog, assim aprendemos com a experiência de todos! Alguém mais tem histórias de crises quando a gente menos precisa?

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Complexidade nas alergias

Cada alergia se expressa e se desenvolve de um jeito diferente. 

Como reação a uma mesma substância alergênica, algumas peles alérgicas formam bolhas grandes, outras formam bolhas pequenas, outras formam lesões secas, outras não formam lesão nenhuma, mas coçam mesmo assim. Por vezes temos a alergia de um aspecto, mas na semana seguinte ela já tem outra cara. Algumas pessoas se sensibilizam com quantidades minúsculas de um produto, enquanto outras toleram uma quantidade maior.

Algumas alergias são potencializadas pela alimentação, pela nossa situação emocional, pelo clima, pela genética, pela interação com outras substâncias... e a lista de fatores que pode contribuir ou amenizar uma alergia é enorme. 

Estou escrevendo isso pois em alguns comentários os leitores tentam entender a alergia como uma reação direta e objetiva a um único elemento. Exemplo: "já troquei o desodorante na semana passada e não melhorou!".  O tempo de melhora varia também de pessoa para pessoa.

Concordo que pode ser uma única coisa (como o desodorante), que está causando a alergia. Porém, em meio a tantas incertezas e desconhecimentos dos pacientes e também dos médicos, acho interessante "atacar por todos os lados".

Vejam alguns fatores que poderiam interagir e contribuir para atenuar ou agravar um quadro alérgico*:

- medicamentos que você toma ou tomou;
- tecidos de roupas, toalhas, lençóis, travesseiros (as suas e as de outros com que tem contato);
- materiais de equipamentos e mobiliários que você toca (metais, couros, toalhas sujas de mesas de restaurantes...);
- alimentos e bebidas (e a interação entre eles);
- perfumes;
- produtos de limpeza da sua casa, do seu trabalho, do seu meio de transporte;
- clima ou mudanças no clima;
- áreas com ar condicionado ou muito quentes/muito frias e as transições diárias de temperatura;
- sua situação emocional (ansiedades, medos, frustrações e tudo mais que é difícil de mensurar);
- cosméticos que você usa ou que as pessoas com quem tem contato usam (e aí a lista é infinita... sabonetes, pasta de dentes, shampoos, maquiagens....);
- poeira e mofo;
- hidratação da pele;
- exposição ao sol;
- permanência em piscinas e praia (e todos os produtos químicos e micro-organismos que lá frequentam)....

Agora imagine todos esses elementos sendo percebidos pela nossa pele e se relacionando de forma complexa no nosso organismo. Não é óbvio.

. Acho que essa imagem representa bem o conceito de complexidade e interação, apesar de ser uma figura voltada ao desenvolvimento de softwares  (Imagem Google).

Na época da minha grande crise, a alergista recomendou fazer uma limpeza geral na minha casa e no trabalho, cortou vários alimentos, pediu para mudar os tecidos das roupas que eu uso, além de fazer os testes de contato. Eu repito pois o tratamento dela foi um sucesso, apesar da disciplina necessária para todas as mudanças.

A ideia dessa postagem não é gerar paranoia, mas sugerir uma visão mais ampla da nossa alergia, especialmente quando o corte a um determinado produto "suspeito" não está resolvendo.

Uma ótima semana a todos!

*Observação: Assim como todas as outras informações no blog, esta lista é baseada na minha experiência pessoal como paciente e não tem como objetivo repassar recomendações médicas. 

sábado, 21 de setembro de 2013

Alergia dos leitores - Alergia a "borrachudo"



Olá pessoal,

Demorei um pouco para responder os comentários dessa vez, pois estava envolvida nos preparativos da festinha de aniversário do meu filho, e depois fiz uma pequena viagem a trabalho.
Felizmente já se foi o tempo em que as minhas alergias eram a minha principal preocupação, e assim espero que aconteça com cada leitor deste blog!

Enfim, a postagem de hoje é bastante interessante pois a alergia não é minha! Isso mesmo, apesar de ter um vasto repertório de alergias, este sintoma específico a picadas de borrachudo eu não tenho.

O relato foi escrito por uma grande amiga minha, após um final de semana que passamos na praia, quando ela teve o azar de ser picada por um borrachudo e ficou com o braço muito inchado. Tenho certeza que outros alérgicos vão se identificar com a história dela.
Este é o borrachudo (Imagem Google)
Para quem não sabe, colamos abaixo a explicação do Wikipédia sobre o inseto:

O termo borrachudo é a designação comum a diversas espécies de insetos dípteros, da família Simuliidae, famosos pelas fêmeas hematófagas, cuja picada causa intensa irritação, edema e até mesmo vesículas. Medem entre 1 e 5 milímetros de comprimento, possuem coloração negra. Gosta de umidade, vivendo em matas sombrias, com água corrente ou montes de mato cortado molhados pelo orvalho e/ou chuva. 

E lá vai o relato da minha amiga:

" Final de semana na praia e, recomeça o pesadelo. Tudo por causa de um inseto infame, o tal do borrachudo, que conheci depois que me mudei para São Paulo. Cresci em Manaus, no meio da floresta amazônica, e convivi desde pequena com todas as espécies de mosquito, inclusive o da febre amarela e malária, e nunca tive problemas. Mas, o tal do borrachudo, que empesteia o litoral de São Paulo, tem alguma coisa com que meu corpo resolveu implicar. Resultado, membros (no caso superior) inchado, vermelho e pegando fogo. Apelidos que recebi: pãozinho e Hellboy.

Descuidei por alguns minutos e PIMBA! Fui premiada. Tinha acabado de passar o repelente na perna e esqueci-me dos braços. A única em um grupo de 16 adultos e 2 crianças a ser picada. Ou, pelo menos, a ter alergia. O ataque aconteceu ao entardecer, por volta das 17 horas. Começou com um pontinho vermelho (sangue coagulado) no local da picada. Depois, uma bolinha vermelha ao redor que vai inchando, ficando vermelho, inchando, coçando, inchando, aumentando, inchando, espalhando, inchado ...

Como de costume, demorei a aceitar o que já estava em processo. Primeiro eu pensei: não é nada, já passa. Fui dormir pensando, ´quando acordar já passou´. Acordei e a coisa foi piorando. Até que tive que aceitar o que estava acontecendo. Não tem jeito, sou alérgica a picada de borrachudo mesmo. A vida é assim: tem gente que não pode comer camarão, nozes e glúten, ou não podem tomar leite, ou não podem ter cachorro, e outros podem fazer tudo isso que não acontece nada. Eu faço parte do primeiro grupo e tenho que aceitar.

Depois de aceita a minha condição de alérgica, o próximo passo foi buscar ajuda (está até parecendo papo de dependente químico). Do grupo de 16 adultos apenas um tinha um antialérgico na mala. 
Finalmente fui salva! Confesso que nem eu costumo carregar os meus. Logo, essa pessoa ou é uma santa, ou uma sofredora.

 (PAUSA NO RELATO: Adivinhem QUEM era a pessoa que tinha antialérgicos????? rssss) 

O remédio fez o quadro estabilizar, mas não regredir. Já estou acostumada com o processo que demora de 2 a 3 dias para dar sinais de melhora. Já cheguei a riscar minha pele com canetinha para monitorar se o inchaço estava espalhando ou não (no caso anterior estava piorando e corri para o hospital). Mas, como dessa vez o membro atingido foi o braço direito, terei que confiar na memória. Até para tirar as fotos tive certa dificuldade. Seria muito mais interessante postar a foto dos dois braços juntos para vocês notarem a diferença. Mas, percebi que seria humanamente impossível tirar foto dos dois braços ao mesmo tempo sozinha.

Fico pensando se algum dia poderei ser uma pessoa normal e ir para as praias do litoral de São Paulo sem me preocupar. Será que meu corpo vai algum dia aceitar a “baba” desse insetinho insignificante sem fazer esse escândalo todo? Até que isso aconteça, terei que aceitar e conviver com a minha condição. Praia = repelente no corpo todo + antialérgico no bolso."

Fotos do braço dela bem inchado, após dois dias da picada de borrachudo. A terceira foto fui eu que tirei um dia depois, quando voltávamos de carro da praia, para mostrar a comparação entre os braços. 
Cris, muito obrigada por permitir que eu compartilhasse seu relato e fotos no blog! 

Alguém mais tem alergia a picada de borrachudo por aí?

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A alimentação faz diferença na alergia - experiência pessoal

Já respondi alguns comentários sobre esse assunto, então achei que era um bom momento para falar sobre alimentação em épocas de crise alérgica.

Lembrem que eu não sou médica e que esse é o relato da minha experiência pessoal como paciente ok?

Vamos lá, conforme as explicações da minha alergista, alguns alimentos tem o potencial de agravar o quadro alérgico. São alimentos que "aumentam a histamina". Em palavras "leigas", a liberação de histamina no corpo é causa dos sintomas alérgicos que  conhecemos tão bem.

Fiz todos os testes de alergia para alimentos, e recebi os resultados negativos (ufa...). Mesmo tendo os resultados negativos, eu percebo muito bem que as minhas alergias pioram quando como alguns desses alimentos, em especial: chocolate, frutas cítricas e frutas ácidas (tipo abacaxi).

Abacaxi e suco de laranja para mim irritam demais a pele. (Imagem Google)
 Conforme o que eu me lembro da lista da minha médica, para a ajudar na recuperação é importante ficar longe de alimentos como:
- Chocolate (snif....);
- Frutas cítricas (ex: laranja);
- Frutas ácidas (ex: abacaxi, maracujá);
- Pimentas e condimentos (ex: ketchup);
- Molho de tomate;
- Camarão (lembrado pela leitora Grazy!)
- Enlatados;
- Corantes;
- Conservantes;
- Queijos (e leite de vaca, em casos extremos);
- Clara de ovo;
- Castanhas, amendoins etc;
- Carne de porco;
- Salsichas, linguiças e similares (bem, na verdade qualquer pessoa que se ama já deveria ficar longe de salsicha sempre... é só ler os ingredientes na embalagem para ver quanta p******* é colocada lá, mas aí já é assunto para outros blogs...).

Li em outros sites a menção a alguns alimentos diferentes, como a soja, peixes e até o morango, mas não entram na minha lista pois não me causaram problema até agora.


O artigo acima cita também os benefícios do aleitamento materno para evitar alergia em crianças com predisposição genética. Eu sofri muito com a amamentação, mas fico feliz em pensar que posso ter contribuído para meu filho não desenvolver alergia.

Quem quiser relatar sua experiência com esses alimentos é muito bem vindo!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Desabafo - Alergia no rosto.

Caros leitores, há mais de seis meses conto no blog sobre um verdadeiro cardápio de alergias por que passo desde a minha gravidez, há mais de dois anos.

Sim, eu era uma pessoa "normal" antes de ficar grávida... Aquela alergia da gravidez que TODOS os médicos diriam que ia passar... não passou. Se transformou. Adquiriu formas, locais, intensidades e causas das mais variadas.
Encontrei pelo caminho vários tipos de lesões, bolhas, coceiras, feridas, cicatrizes... só não encontrei muitas explicações.

Não estou reclamando da gravidez. NUNCA. Tenho um menino lindo de dois anos que felizmente não tem nenhuma alergia. Eu passaria por tudo de novo, pelo inferno que foi o final da minha gravidez por causa da alergia. Só eu sei.

Na medida do possível tento levar a alergia, sem cura pelo visto, com uma certa dose de paciência. Fui buscando tratamentos e soluções caseiras. Gastei uma fortuna com pomadas, médicos e remédios que não deram certo. Ainda tem outros tratamentos (vários alternativos), na lista dos que ainda vou tentar. Não desisti.

Acontece que chega uma hora em que a paciência acaba. A minha já acabou várias vezes nesse percurso e hoje acabou de novo, por isto estou usando o blog para desabafar um pouco.

Pois bem, o que acabou com a minha paciência hoje foi uma alergia que me deu no rosto, uma placa vermelha em formato de bola na bochecha.
Acho que não tem local mais humilhante para uma alergia do que no rosto. Não tem manga comprida, calça e meia que esconda. Maquiagem? Com as minhas não faço tanto milagre e também tenho receio de piorar a situação.

Já tomei antialérgicos e passei um monte de pomadas, com corticóide mesmo, apesar de não gostar. Pra sair do rosto faço qualquer negócio.

Acredito que essa alergia no rosto veio "no pacote" da pequena crise que estou tendo, após mexer com poeira no feriado. Estou com os braços cheios de feridas...OK, estou acostumada.... mas no rosto??? NÃO DÁ!!! Sempre havia sido poupada no rosto, mesmo na pior crise.

Acho que vou seguir a sugestão da minha mãe e comprar uma burca.

Não tirei foto do rosto, mas o braço está assim.
  ..........

Pronto, desabafo feito, a vida continua. 



terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alergia pelo avesso

Semana passada consegui ter uma reação alérgica bem inusitada, que eu chamei de "alergia do avesso". Vejam só como foi:

Eu peguei uma virose feia e precisei ir ao hospital tomar alguns medicamentos e soro (pois é, nem tudo são flores). Quando o médico me perguntou se eu tinha alergia a Dramin e Buscopan, respondi imediatamente que não, já tomara esses remédios em outras ocasiões.

Os remédios foram dados direto na veia, junto com o soro. Como a minha veia é muito fina e a agulha mais parecia um canudo, a veia estourou, criando aquela bola de medicamento + soro por baixo da pele. Uma cena linda e bem dolorida para animar um dia de virose e fila de espera no hospital. Tudo bem, acha-se outra veia na mão (ui) e a medicação é dada sem problemas.

Já em casa e acordada após o Dramin, começo a perceber que o meu braço está coçando, bem no lugar que estourou a veia. Estranho, hematoma não costuma coçar e quando saí do hospital estava tudo normal.

A alergia começou assim, humilde:

Região rosada, coçando e inchando no antebraço.
E em algumas horas ficou assim:
Inchado, quente, coçando e com bolhas.
Uma coisa que eu sei fazer bem é reconhecer quando estou com alergia, e aquela coisa no meu braço definitivamente era uma. O estranho foi aparecer apenas nesse local onde o líquido do medicamento havia se acumulado sob a pele, e não no outro local por onde recebi a mesma medicação.

Comparando com outras alergias que tenho, essa parecia muito com a dermatite de contato, pois atingiu bem a região que havia tido contato direto com o medicamento, só que por baixo da pele.

Fui pesquisar na internet a bula do Dramin injetável e eis que eu encontro............... Tchã nã nan..........

Propilenoglicol!

Isso mesmo, meu doce inimigo estava lá na bula do remédio.

Suponho que a minha alergia a ele se relacione realmente com o CONTATO direto com a pele, caso contrário eu teria tido uma reação alérgica generalizada, já que a substância foi injetada diretamente na minha veia. 

Não sei se, do ponto de vista médico-científico, essa é a explicação correta para a reação que tive no braço, pode ser uma bobagem completa, mas é a minha explicação pessoal e que me deixou mais tranquila.

Para controlar a reação, que estava cada vez pior (de madrugada, é claro),  passei muito gelo (quase congelei meu braço), pomada com corticóide e tomei antialérgico.

Não sei o que resolveu, mas no dia seguinte estava desinchado e menos vermelho. Hoje, 5 dias depois, está quase imperceptível a marca na pele.

Lições aprendidas:
1) Cuidado com a composição de medicamentos injetáveis.
2) A alergia não me larga nem quando estou de cama com virose, me poupa!





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Alergia no dedo - a lenta cicatrização

Como eu já disse algumas vezes, ter alergia requer uma boa dose de paciência.

Desde junho que estou tratando dois dedos (vejam a primeira postagem aqui). Já passei uns 5 tipos diferentes de pomadas, e, quando parece que está melhorando... volta tudo de novo.

Atualmente estou na fase do "acho que agora vai", mas depois de tanto tempo passando pomadas, a pele ficou toda rachada e dói.

Não estou reclamando não, sei que faz parte da cicatrização, mas olha que desconfortável:
Pele rachada.... haja paciência!

Continuo tentando descobrir a causa, alguém tem bola de cristal aí?








domingo, 8 de julho de 2012

Uma crise alérgica rápida, só para animar.

Na última semana fiz uma viagem a trabalho para Fortaleza, e nada melhor do que conhecer pessoas novas cheia de manchas pela pele certo?

Não na minha opinião, mas a minha pele achou assim....

No dia da viagem eu já estava sentindo a pele meio sensível, eram os primeiros sinais de que alguma esquisitisse ia ocorrer, e não deu outra....  ainda bem que sempre levo antialérgicos comigo, pois tive que tomar às pressas no avião.

A minha pele definitivamente não gosta de avião - isso eu já sabia. Não sei se são ácaros, o ar condicionado ou algum produto que eles usam pra limpar, mas eu sempre sinto alguma coceira quando pego avião - por isso levo uma blusa de manga comprida, mesmo que esteja calor, para evitar ao máximo ficar me encostando naquelas poltronas.

Dessa vez, porém, o stress foi geral. Comecei a coçar desesperadamente. Foram se formando manchas grandes e vermelhas pela pele, a começar pelos braços (como sempre), mas espalhando para pernas e até o rosto (socorro!), e inchando. Os lugares inchados ficaram muito quentes também.

Pedi uma água para a aeromoça (a única coisa que eles ainda não estão vendendo), e tomei o meu salvador Allegra. A coceira passou razoavelmente, as manchas desincharam, mas continuaram vermelhas.Quando cheguei no hotel passei pomadas para diminuir o prurido e consegui dormir bem.

Eu achei uma chatice, mas não fiquei preocupada pois já tive isso antes, no ano passado, então sabia que iria passar em três dias sem maiores complicações (realmente passou). O único problema foram os olhares recebidos em Fortaleza, afinal lá não dava para andar de manga comprida.

Essa foto foi depois do Allegra, as manchas já não estavam mais inchadas.

E o lado bom disso tudo.
Apenas permanece a questão, o que afinal foi isso?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

100% sem alergia?

Estava aqui pensando que a gente nunca fica 100% sem alergia.

Sempre tem alguma bolha ou bolinha perturbando -  nada que um gelo ou uma pomada ocasional não resolvam, mas elas estão sempre lá marcando presença.

Bem, pelo menos essa é a situação das minhas dermatites.

NÃO, a sua vida não pára por causa disso. NÃO, vc não lembra dela a maior parte do dia e NÃO, definitivamente NÃO é o fim do mundo.

Parece aquele último kilo do regime, aquele que quando finalmente vc está atingindo........ dá uma escorregada e engorda de novo.

Dessa minha última pequena crise restou uma área bem feiosa no dedo. Um último aglomerado de bolhas lutando bravamente pela sobrevivência. Estou usando todos os artifícios para me livrar delas, e acho que em breve será um dedo normal novamente.

Cuidado, imagens feias abaixo!


Bolhas no dedo, foto tirada em 22/06/12.

Mesma região hoje, ainda feia mas melhorando.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Segunda feira é dia de dieta - de alergia também!

Na minha última postagem eu comentei sobre as mais recentes bolhas e lesões adquiridas. Pois bem, parece que elas estão virando uma crise mesmo. Nesse final de semana apareceram as bolinhas no antebraço, que para mim é o local mais afetado pela dermatite atópica.

Lógico que eu também abusei na alimentação, mas feriado em casa de vó e mãe.... dá para resistir? Comi brigadeiro, tomei suco de laranja, gelatina (= corante) e outras delícias "engordiet".

Estava ciente de que as alergias iam piorar, só que a gente também tem que viver né?

Andei driblando bem com gelo, pomada antialérgica e pomada com corticóide (quantidade minúscula). Hoje tomei antialérgico pois viajei de avião os ácaros de lá são poderosos. 

Chega de ilusão. Segunda feira tudo muda. Assim como na vida dos gordinhos, na minha vida de alérgica a segunda-feira também é reservada ao início da dieta da alergia. A partir de amanhã, nada da lista proibida até a crise passar.

Enquanto isso, tudo devidamente "besuntado" com pomada.



terça-feira, 5 de junho de 2012

Várias bolhas por aí... não estou gostando...

Recentemente apareceram várias bolhas na minha mão. Atribuí a isso o fato de ter mexido em coisas empoeiradas. Ok, vamos esperar elas sumirem (exercício de paciência - 1, 2, 3, 4, 5, 6......).

Aglomerado de bolhas recentes no dedo.

Essa semana, porém, começaram a aparecer coceiras em outros lugares. Um já grande conhecido, aquele lugar no braço que encosta na bolsa. 

Tudo bem, eu comprei uma bolsa nova e, apesar de ter escolhido um modelo com um mínimo de enfeites de metal, talvez o material tenha alguma coisa irritante. (Detalhe off-topic: Essa bolsa nova é chiquérrima, comprada no Carrefour por uma "situação de urgência", após a minha ter arrebentado a alça logo de manhã e ser "femininamente inviável" andar com ela estrupiada o resto do dia.). Bem, ok, de repente a minha pele não gostou da bolsa de supermercado.

Será preconceito com a inocente bolsa?


Mas hoje eu fiquei de manga comprida o dia inteiro, então não foi só a bolsa.

Não sei se outras pessoas alérgicas tem essa mesma sensação, mas sempre que eu começo a ter um sinal de crise, começo a pensar desesperadamente: Onde foi que eu errei??? 

Comida? Cosmético? Produto de limpeza? Pó? Ontem eu sei que tive a oportunidade de comer camarão e não comi, justamente para não atiçar as alergias. Também não comi chocolate. Não mudei meus cosméticos. Para variar, sem resposta.

Estou aqui balançada para tomar um antialérgico. Vou tentar esperar até amanhã de manhã.

(Pessoas da minha família que lêem o blog: CALMA, pode ser passageiro e sumir amanhã.)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Imunidade baixa = alergias contra atacam?

Sempre que eu fico resfriada as minhas alergias pioram. Achava que isso acontecia por causa de algum remédio (anti-inflamatórios, antibióticos, analgésicos...). Não sei porque, mas nunca tinha pensado que poderia ter a ver com a baixa de imunidade. Será?
Dessa vez não são remédios, pois não estou tomando nada, e mesmo assim as dita cujas voltaram fortalecidas.
Bolinhas na região do pulso.

Tem umas bolhas no meu dedo que estão há semanas me perturbando, mas desde domingo que incham e coçam mais. E essas não são do tipo que dá para "estourar" conforme minha técnica politicamente incorreta. (Ah, vcs acharam que só tinha um tipo de ferida? temos um catálogo completo à disposição rss).
E este é o dedo inchado.
 
Pois bem, essas chatonildas estão aqui me importunando bastante, acho que vou ter q deixar o dedo enrolado com gaze para evitar contatos. Estava evitando pois as pessoas ficam perguntando "o que aconteceu com seu dedo?????

quarta-feira, 7 de março de 2012

Alérgica na praia

Chegamos bem à praia, eu, minha família e o kit alergia que mencionei na última postagem.
Apesar do lugar paradisíaco, a verdade é que a viagem não começou nada bem.

No domingo, entrei no mar e comecei a arder sem parar; a mesma coisa aconteceu na piscina, seguida por uma coceira infernal. Lembrando que eu já havia me conformado com o maiô e com a saída de praia de manga comprida, por causa das lesões lindas da pitiríase rósea.
No dia seguinte não entrei no mar, mas ao sair da piscina as minhas feridas começaram a coçar enlouquecidamente de novo.

 Isso sem mencionar que nesse meio tempo consegui pegar uma virose e tive uma noite indescritível.
Lógico que eu estava tão preocupada em não esquecer nada do kit alergia que, ao fazer as malas, não lembrei de trazer remédios para estômago, vômitos e etc..... Enfim, felizmente tem farmácia por aqui.

Apesar de tudo, fiz uma descoberta que salvaria os próximos dias: justamente o maiô que eu havia comprado por causa do sol era a causa das coceiras pós praia e piscina.
Seco é inofensivo, mas o tecido molhado do maiô na barriga é que estava incomodando a minha pele ultra sensível. Mistério resolvido, a solução era voltar ao velho biquini e exibir as minhas manchas.

A princípio fiquei com vergonha, pois achei que as pessoas iriam ficar reparando na minha pele. Depois olhei melhor ao meu redor e vi pessoas: gordas, esquisitas, com manchas de outras naturezas, carecas, bregas.... e vi também um defeito muito, mas muito feio - as pessoas SEM EDUCAÇÃO. Prefiro desfilar minhas manchas com elegância por aí.

Hoje já é quarta feira e posso dizer que a pitiríase regrediu muito. Acho que fez bem tomar um pouco de sol, como já havia lido em alguns sites. Vejam abaixo o aspecto atual - já não estão mais vermelhas e inchadas, apenas com uma variação de cor e secas:

Foto da barriga hoje - como podem ver, já esteve bem pior.



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Alerta vermelho

OK, a situação fugiu ao meu controle. Passei de dálmata para monstro do pântano, e piorando.


Amanhã procurarei um médico sem falta. A questão é,  está chegando o carnaval e acho que vai ser praticamente impossível marcar uma consulta ou encaixe com minha médica para essa semana ainda (considerando que amanhã já é quinta feira).

Vou ter que apelar ao médico do meu trabalho (normalmente alguém na residência de clínica geral ainda) ou ficar plantada em um pronto socorro para possivelmente sair com uma receita dos antialérgicos que eu já tomo (e não estão resolvendo). 

Quero um alergista 24h, anestesia geral, macumba, chá de cogumelo, estou aceitando qualquer coisa.


Apresentando: monstro do pântano (lateral da minha barriga hoje, ontem não tinha quase nada aí, socorro!)



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Incorporando o dálmata

Como eu comentei em minha última postagem, eu comi indevidamente uma paçoca e meio chocolate na semana passada (gosto de ressaltar que foi apenas MEIO chocolate).

Pois bem, desde então estou "incorporando o dálmata". Ou seja, cada vez mais e mais pintinhas aparecem, de forma nem tão charmosa, por diversos locais. Barriga, costas, braços, pernas.... todas vão se tomando "graciosamente" dessas marquinhas vermelhas tão características da dermatite atópica.

 As pintinhas neles são uma graça. 
(Imagem retirada de www.walldesk.com.br)

Na minha opinião, a pior coisa é não saber exatamente qual foi a causa. Será que foi mesmo a paçoca? ou as duas mordidas do chocolate? ou os pernilongos? ou será que foi aquela reunião na sala com carpete e ar condicionado cheio de ácaros? ou foi o clima, que esquentou? 
Para mim, não ter respostas é o que mais irrita.  

Como precaução, não comerei paçoca por um bom tempo. Já não prometo a mesma coisa pelo chocolate, ele talvez valha algumas bolinhas. 

E como Murphy é grande, daqui a 2 semanas estarei de férias, na PRAIA, exibindo essa maravilhosa tela impressionista para as pessoas acharem que eu tenho alguma doença contagiosa (espero já ter melhorado até lá, mas as cicatrizes invariavelmente ainda estarão visíveis).


Essa é uma parte da minha barriga hoje.
E eu estava preocupada com as minúsculas cicatrizes da colecistectomia na praia... alguém consegue diferenciar?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fatores emocionais e a minha história alérgica

Ao contrário da maioria das pessoas com esse problema, que já apresentam sinais desde a infância,  minha dermatite atópica se manifestou depois de adulta, após minha gravidez (e após a tal alergia da gravidez). Isso foi no final de 2010.O diagnóstico de dermatite atópica veio apenas em abril de 2011, depois de muitas tentativas frustradas e de uma crise alérgica que me fez parar no hospital.

Naquela época fui a diversos médicos em busca de respostas (dermatologisas, alergista, clínico geral). Todos eles disseram que a causa da minha alergia poderia ser "emocional". E pronto.
Quando eles falavam que era de causa emocional, eu sempre tinha a impressão que estavam querendo dizer: "então é problema seu".

Acredito sim que várias doenças tem causa emocional e naquela época eu estava voltando a trabalhar depois da licença maternidade que, é claro, tem um enorme peso emocional associado.

Porém, na minha concepção sempre muito prática e racional, aquela não poderia ser a única explicação, afinal milhares de mães voltam ao trabalho todos os dias e nem por isso ficam cheias de bolhas e feridas. Além do que, "problemas emocionais" TÊM CURA.

Bem, já que falaram que a causa era emocional, fui atrás dos profissionais que poderiam achar a solução para o meu problema: uma psicóloga e a uma psiquiatra. Como eu já disse, eu sou uma pessoa extremamente racional e objetiva, então quem me conhece sabe que procurar terapia me colocava no auge do desespero, mas eu fui.

A psiquiatra me receitou um remédio controlado para acalmar. Não tomei. Estava amamentando e fiquei com medo dos efeitos colaterais do remédio em mim e no bebê. A psicóloga começou a escarafunchar  meu passado e presente em busca de respostas para uma crise emocional que pudesse desencadear algo daquele jeito.
Na minha opinião, ela não achou. Fiz as sessões que estavam cobertas pelo meu plano de saúde e parei. Não sei se eu não me identifiquei com a profissional ou se terapia realmente não é para mim, pelo menos não nesse momento da minha vida.

Finalmente em abril de 2011 encontrei meu "anjo da guarda", a alergista Dra. Patrícia Barros, que me diagnosticou a dermatite atópica, me receitou os testes de alergia e os medicamentos adequados. Tive que tomar antibiótico por duas semanas, pois minha pele já estava totalmente infeccionada.

Mas enfim, o objetivo desse post é mostrar indignação com os médicos que afirmaram que a minha alergia era "emocional", sem receitar um teste sequer de alergia ou levantar outras possibilidades. Não estou negando a influência dos fatores emocionais na dermatite atópica, o que já está mais que comprovado, só acho um absurdo os médicos quererem que você "se vire então com seus problemas que a alergia passa".

 Minha mão, no auge da alergia.... isso pode ser só emocional???
 Minha mão hoje completamente sem lesões (esmalte sem formol, é claro)