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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Teste de contato para alergias

Olá pessoal,

Tenho ficado preocupada com algumas dúvidas dos leitores do tipo:
-  "que substâncias devo evitar?";
-  "que ingredientes causam a alergia?";
-  "me indique um desodorante que não dê alergia" .... e outras parecidas.

A preocupação não vem pelas perguntas, eu  ADORO quando as pessoas usam o blog para trocar experiências, adoro quando posso ajudar dando algum "palpite" de quem já passou pela coisa. Digo "palpite" porque de fato é isso mesmo, eu não sou médica e a minha ajuda está só no campo do "pitaco" mesmo rs.

Enfim, a preocupação é que esse tipo de pergunta não tem resposta, a não ser que a pessoa saiba os ingredientes que dão alergia para a pele DA PESSOA ... e não para a MINHA pele! Eu tenho dermatite atópica e também tenho alergia a estas substâncias, ou seja, tenho "dermatite de contato". 

Existem milhares de substâncias que podem causar alergia e, para várias delas, os médicos criaram um exame chamado "teste de contato", que foi o que me salvou das alergias. 

Abaixo seguem alguns links com textos sobre o assunto e também um vídeo do Youtube que mostra a aplicação do teste. 


Porém, como esse é um blog de relatos pessoais, aí vai a minha experiência com o teste de contato:

Depois de meses de desespero, finalmente encontrei uma alergista boa, que me recomendou fazer esse teste, após ter percebido que a minha alergia não era apenas fruto da dermatite atópica. 
Tive que esperar algumas semanas para conseguir fazer o teste, pois precisava que as costas estivessem livres de alergia para aplicar os produtos (imaginem a situação em que me encontrava ....).

O teste funciona da seguinte maneira: a médica coloca 40 produtos em pequenas "bandejas" de metal, de mais ou menos 1 cm de diâmetro. Cada bandeja corresponde a um produto que está sendo testado.
As mini-bandejas são coladas em um esparadrapo tipo "microporo", numeradas como na foto abaixo, para que o médico saiba onde está cada produto.

Imagem Google - O meu teste foi idêntico a este.
O teste durou uma semana (segunda a sexta) para mim. Na segunda feira a médica colou os esparadrapos com as bandejas. Na quarta feira voltei para retirar os esparadrapos, e a médica anotou os pontos que tinham "reagido". Na sexta feira voltei para avaliação final.

Durante todo o período, a área não pode ser molhada (isso significa malabarismos para tomar banho e nem pensar em lavar o cabelo...).

 É necessário retirar o esparadrapo durante a semana, pois algumas alergias só se manifestam na presença de luz. Na quarta feira, a médica observou duas substâncias reagentes - na sexta feira (com a "fotossensibilização") apareceram mais duas. 

Ok, esse tipo de informação sobre o teste você encontra em vários sites ... agora o que ninguém vai te contar é: 

1) Você vai sobreviver ao teste;
2) Você vai achar que não vai, caso tenha mesmo a dermatite de contato.

É o seguinte, o teste é bastante incômodo pois ele acentua as alergias de outras lesões que porventura você tenha no momento... além de dar vontade de arrancar a pele fora nos locais que estão reagindo. Imagine que você estará em contato com a substância pura - o grande vilão - durante CINCO dias, sem poder lavar ou coçar o local!

Para vocês terem uma idéia, no ponto onde foi feito o teste com formol (minha pior alergia), minha pele formou uma bolha enorme... que deixou uma pequena cicatriz até hoje (quase 4 anos depois).

Apesar do relato um pouco dramático, eu recomendo o teste a todos que tiverem a oportunidade e recomendação de fazê-lo, pois é o que vai ajudar a responder às tais perguntas do "que ingredientes evitar" !

Conforme minha alergista disse, temos que ficar felizes quando o teste detecta a alergia... pois afora as 40 que são testadas, existem milhares de substâncias para as quais não existe teste... e aí é muito difícil identificar o agente!

O post ficou enorme, mas ta aí a minha experiência... se alguém já fez o teste e quiser compartilhar (de repente alguma descrição menos assustadora), fique à vontade!

(Tudo isso também para esclarecer que se eu não ajudar na resposta a "o que você deve evitar", é porque não é óbvio mesmo!)





quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Para ter na carteira do alérgico!

Olá queridos leitores,

Vou compartilhar mais uma "dica de alérgico" aqui no blog. A dica de hoje foi inspirada em um comentário feito ontem por um dos leitores do blog. No comentário, o leitor Cavenaghi disse que ficou alérgico ao Kathon CG, e que iria colocar uma "cola" sobre isso plastificada na carteira.

Eu também tenho uma "cola" na minha carteira!

Ter uma "cola" na carteira ajuda muito quando vamos a médicos, por exemplo, e eles fazem a pergunta rotineira: "tem alergia a alguma coisa?" .

Como eu tenho alergia a muitas substâncias e além de tudo elas têm sinônimos, é muito mais fácil apresentar ao médico a lista dos vilões, em vez de tentar fazer com que eles entendam "sim dr, eu tenho alergia ao metilcloroisotiazolinona, ao metilizotiazolinona, ao propilenoglicol ...." ("hein???").

Vejam abaixo a foto da "cola" na minha carteira.


Cartão de visita com a lista as minhas alergias.

É bem prático ter esse tipo de informação em formato "cartão de visita" !

sábado, 27 de outubro de 2012

Óleo de prímula, um bom artigo e a dermatite atópica

Eu já pesquisei bastante na internet sobre a dermatite atópica, e na verdade são poucos sites que trazem informações mais aprofundadas sobre a doença. Cansei de ler textos copiados e colados em várias páginas, sem nenhuma menção à fonte da informação (que feio gente, tudo bem copiar, mas é elegante e ético dizer de onde né?).

Achei um artigo particularmente interessante, da Faculdade de Medicina da USP, que pode ser baixado neste link para quem se interessar. O artigo descreve como se faz o diagnóstico da doença, o tratamento convencional (hidratante + antialérgico + corticóide tópico - nenhuma novidade por aqui) e tratamentos alternativos. Essa última parte que me interessou, pois normalmente os médicos não gostam de tratamentos alternativos.

Segundo o artigo, a dermatite atópica está relacionada a alguma deficiência de ácidos graxos, o que pode ser combatido/minimizado com a injestão de óleo de peixe ou óleo de prímula. Inclusive foram observados bons resultados por mães que estão amamentando, para tratar os bebês tenham a doença. Uma esperança para as mães que sofrem ao ver seus filhos com dermatite!

Eu comprei o óleo de prímula para testar e tomei por um mês. Não sei dizer se melhorou a minha alergia ou não (também não fui muito regrada para tomar as capsulas - sempre esquecia rs). Na verdade o artigo recomenda o tratamento de 8 a 12 semanas, logo eu deveria ter tomado por mais tempo para poder tirar alguma conclusão.

Estou pensando em voltar a tomar o óleo, pelo menos mal não fez!
Capsulas de óleo de prímula (Imagem Google).


terça-feira, 24 de abril de 2012

Indicação de alergista - Distrito Federal

Tem tanto profissional ruim por aí, que quando encontro um médico bom faço questão de indicar.

Essa postagem, portanto, é para passar os contatos da Dra. Patrícia, que além de excelente médica, é um amor de pessoa.

Depois de muitas consultas médicas frustradas, foi ela quem acertou o meu diagnóstico e me salvou de várias crises alérgicas posteriores.


Eu fiz o teste de contato no consultório dela também, foram 40 substâncias testadas (acho que é o mais completo que existe).

E para quem tem filhos alérgicos, a boa notícia é que ela também é pediatra (o consultório está sempre cheio de crianças).

Enfim, se alguém estiver precisando de alergista no DF, aí vão os contatos:
- Dra. Patrícia Barros, ela atende em Taguatinga, no Marra Medical Center, telefone: 61- 3352-1515.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fatores emocionais e a minha história alérgica

Ao contrário da maioria das pessoas com esse problema, que já apresentam sinais desde a infância,  minha dermatite atópica se manifestou depois de adulta, após minha gravidez (e após a tal alergia da gravidez). Isso foi no final de 2010.O diagnóstico de dermatite atópica veio apenas em abril de 2011, depois de muitas tentativas frustradas e de uma crise alérgica que me fez parar no hospital.

Naquela época fui a diversos médicos em busca de respostas (dermatologisas, alergista, clínico geral). Todos eles disseram que a causa da minha alergia poderia ser "emocional". E pronto.
Quando eles falavam que era de causa emocional, eu sempre tinha a impressão que estavam querendo dizer: "então é problema seu".

Acredito sim que várias doenças tem causa emocional e naquela época eu estava voltando a trabalhar depois da licença maternidade que, é claro, tem um enorme peso emocional associado.

Porém, na minha concepção sempre muito prática e racional, aquela não poderia ser a única explicação, afinal milhares de mães voltam ao trabalho todos os dias e nem por isso ficam cheias de bolhas e feridas. Além do que, "problemas emocionais" TÊM CURA.

Bem, já que falaram que a causa era emocional, fui atrás dos profissionais que poderiam achar a solução para o meu problema: uma psicóloga e a uma psiquiatra. Como eu já disse, eu sou uma pessoa extremamente racional e objetiva, então quem me conhece sabe que procurar terapia me colocava no auge do desespero, mas eu fui.

A psiquiatra me receitou um remédio controlado para acalmar. Não tomei. Estava amamentando e fiquei com medo dos efeitos colaterais do remédio em mim e no bebê. A psicóloga começou a escarafunchar  meu passado e presente em busca de respostas para uma crise emocional que pudesse desencadear algo daquele jeito.
Na minha opinião, ela não achou. Fiz as sessões que estavam cobertas pelo meu plano de saúde e parei. Não sei se eu não me identifiquei com a profissional ou se terapia realmente não é para mim, pelo menos não nesse momento da minha vida.

Finalmente em abril de 2011 encontrei meu "anjo da guarda", a alergista Dra. Patrícia Barros, que me diagnosticou a dermatite atópica, me receitou os testes de alergia e os medicamentos adequados. Tive que tomar antibiótico por duas semanas, pois minha pele já estava totalmente infeccionada.

Mas enfim, o objetivo desse post é mostrar indignação com os médicos que afirmaram que a minha alergia era "emocional", sem receitar um teste sequer de alergia ou levantar outras possibilidades. Não estou negando a influência dos fatores emocionais na dermatite atópica, o que já está mais que comprovado, só acho um absurdo os médicos quererem que você "se vire então com seus problemas que a alergia passa".

 Minha mão, no auge da alergia.... isso pode ser só emocional???
 Minha mão hoje completamente sem lesões (esmalte sem formol, é claro)