segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dois anos de blog!

Olá pessoal!

Hoje comemoramos dois anos do blog! 

Digo comemoramos, pois a comemoração não é só minha... e sim de todos nós alérgicos, que temos usado esse espaço para trocar idéias, experiências ..... e desabafar um pouco também.

A comemoração não poderia ser melhor, pois atingimos 100 seguidores!! Isso mesmo, 100 pessoas alérgicas ou amigas da causa!!!

Ou seja, NÃO ESTAMOS SOZINHOS! Não acontece só na nossa pele!

Um MUITO OBRIGADA bem grande a todos!

Imagem Google

domingo, 26 de janeiro de 2014

Aspirador de pó e alergia


Uma das coisas que a minha alergista proibiu foi o aspirador de pó. 

Disse que eu poderia usar de vez em nunca, para tirar a poeira acumulada nos cantos da janela. 
Só nesse caso. 
No chão jamais. 

Conforme já falei em outras postagens, a recomendação dela é que a limpeza da casa seja feita apenas com pano úmido... nada de aspirador ou vassoura (e nada de carpetes ou tapetes, obviamente).

E a dúvida: se a ideia é que a casa não tenha pó, por que não posso usar um aspirador de PÓ??? 
Justamente porque o aspirador de pó ou a vassoura levantam a poeira.... então muitas partículas que estavam no chão ficam pairando no ar, prontinhas para incomodar o nosso nariz ou a nossa pele!

O meu aspirador de pó foi aposentado. Para quem não tem carpetes ou cortinas, não faz a menor falta....

Há algum tempo, minha mãe investiu em um "super-ultra-power-aspirador de pó". (Eu disse "investiu" porque de fato é caro). De início achei bem inútil... para quê um aspirador de pó que promete tanta coisa que os outros não fazem?

Estou comentando sobre o tal aspirador porque realmente fiquei convencida. Quem me conhece sabe que isso não é fácil.

Outra pessoa na família também comprou, e disse ter resolvido o problema de alergia respiratória de todos na casa.

O meu convencimento se deu depois de ir para a casa da minha avó, onde a minha alergia sempre piorava, apesar dos esforços da minha avozinha para manter a casa limpa. Digo, a casa é limpíssima, mas tem estofados e cortinas (que acumulam pó, independente dos nossos esforços de faxina).

Pois bem, em um final de semana, a minha mãe levou o famoso aspirador para dar "uma geral" na casa da minha avó. Depois de anos, não tive piora nenhuma na minha alergia lá. O meu marido, que tem alergia respiratória, também ficou ótimo.

É impressionante ver o aparelho funcionando... mesmo com a casa limpa, ele ainda recolhe muita poeira.  A diferença está em um recipiente com água, que acumula tudo e impede que as partículas escapem para o ar (como acontece nos demais aspiradores). Ele recolhe MUITA poeira de travesseiros, cortinas, colchões....

Vejam fotos do dito cujo:
Este é o aspirador. Notem que embaixo tem um recipiente para água, onde a poeira se acumula.


Sujeira recolhida de uma sala com piso de cerâmica que já estava limpo!
O aspirador é da marca Rainbow. Não vou dar mais detalhes pois não é meu objetivo fazer propaganda... quem se interessar pode achar muita coisa (positiva e negativa) a respeito na internet!

Escrevi essa postagem pois senti que funciona e pode ser uma boa aquisição para os alérgicos! 

Obrigada mãe!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Mais ALEGRIA, menos ALERGIA em 2014 também!

Olá pessoal!
 
Esse ano passou voando, e o mês de dezembro mais ainda! Trabalhei muito, viajei e também tirei uma semana de folga para visitar a família. Ufa!
 
Hoje respondi a todos os comentários atrasados, desculpem a demora em vários casos. Às vezes eu me perco com os comentários novos que são respostas de outros antigos... por favor me avisem caso eu tenha deixado alguma questão importante sem retorno.
 
Enfim, mais um ano se passa e o meu desejo paro todos nós alérgicos permanece:
 
MAIS ALEGRIA e MENOS ALERGIA em 2014!

Desejo do blog para todos os alérgicos, sempre!

Vamos deixar a alergia aqui no blog e a alegria em nossas casas?
 
Em breve novas postagens alérgicas.
 
Obrigada pela companhia e ótima virada de ano a todos!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Complexidade nas alergias

Cada alergia se expressa e se desenvolve de um jeito diferente. 

Como reação a uma mesma substância alergênica, algumas peles alérgicas formam bolhas grandes, outras formam bolhas pequenas, outras formam lesões secas, outras não formam lesão nenhuma, mas coçam mesmo assim. Por vezes temos a alergia de um aspecto, mas na semana seguinte ela já tem outra cara. Algumas pessoas se sensibilizam com quantidades minúsculas de um produto, enquanto outras toleram uma quantidade maior.

Algumas alergias são potencializadas pela alimentação, pela nossa situação emocional, pelo clima, pela genética, pela interação com outras substâncias... e a lista de fatores que pode contribuir ou amenizar uma alergia é enorme. 

Estou escrevendo isso pois em alguns comentários os leitores tentam entender a alergia como uma reação direta e objetiva a um único elemento. Exemplo: "já troquei o desodorante na semana passada e não melhorou!".  O tempo de melhora varia também de pessoa para pessoa.

Concordo que pode ser uma única coisa (como o desodorante), que está causando a alergia. Porém, em meio a tantas incertezas e desconhecimentos dos pacientes e também dos médicos, acho interessante "atacar por todos os lados".

Vejam alguns fatores que poderiam interagir e contribuir para atenuar ou agravar um quadro alérgico*:

- medicamentos que você toma ou tomou;
- tecidos de roupas, toalhas, lençóis, travesseiros (as suas e as de outros com que tem contato);
- materiais de equipamentos e mobiliários que você toca (metais, couros, toalhas sujas de mesas de restaurantes...);
- alimentos e bebidas (e a interação entre eles);
- perfumes;
- produtos de limpeza da sua casa, do seu trabalho, do seu meio de transporte;
- clima ou mudanças no clima;
- áreas com ar condicionado ou muito quentes/muito frias e as transições diárias de temperatura;
- sua situação emocional (ansiedades, medos, frustrações e tudo mais que é difícil de mensurar);
- cosméticos que você usa ou que as pessoas com quem tem contato usam (e aí a lista é infinita... sabonetes, pasta de dentes, shampoos, maquiagens....);
- poeira e mofo;
- hidratação da pele;
- exposição ao sol;
- permanência em piscinas e praia (e todos os produtos químicos e micro-organismos que lá frequentam)....

Agora imagine todos esses elementos sendo percebidos pela nossa pele e se relacionando de forma complexa no nosso organismo. Não é óbvio.

. Acho que essa imagem representa bem o conceito de complexidade e interação, apesar de ser uma figura voltada ao desenvolvimento de softwares  (Imagem Google).

Na época da minha grande crise, a alergista recomendou fazer uma limpeza geral na minha casa e no trabalho, cortou vários alimentos, pediu para mudar os tecidos das roupas que eu uso, além de fazer os testes de contato. Eu repito pois o tratamento dela foi um sucesso, apesar da disciplina necessária para todas as mudanças.

A ideia dessa postagem não é gerar paranoia, mas sugerir uma visão mais ampla da nossa alergia, especialmente quando o corte a um determinado produto "suspeito" não está resolvendo.

Uma ótima semana a todos!

*Observação: Assim como todas as outras informações no blog, esta lista é baseada na minha experiência pessoal como paciente e não tem como objetivo repassar recomendações médicas. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Para ter na carteira do alérgico!

Olá queridos leitores,

Vou compartilhar mais uma "dica de alérgico" aqui no blog. A dica de hoje foi inspirada em um comentário feito ontem por um dos leitores do blog. No comentário, o leitor Cavenaghi disse que ficou alérgico ao Kathon CG, e que iria colocar uma "cola" sobre isso plastificada na carteira.

Eu também tenho uma "cola" na minha carteira!

Ter uma "cola" na carteira ajuda muito quando vamos a médicos, por exemplo, e eles fazem a pergunta rotineira: "tem alergia a alguma coisa?" .

Como eu tenho alergia a muitas substâncias e além de tudo elas têm sinônimos, é muito mais fácil apresentar ao médico a lista dos vilões, em vez de tentar fazer com que eles entendam "sim dr, eu tenho alergia ao metilcloroisotiazolinona, ao metilizotiazolinona, ao propilenoglicol ...." ("hein???").

Vejam abaixo a foto da "cola" na minha carteira.


Cartão de visita com a lista as minhas alergias.

É bem prático ter esse tipo de informação em formato "cartão de visita" !

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Alergia ao cloreto de cobalto




Olá pessoal,

Estou escrevendo essa postagem a pedido da leitora Alexandra, que, como eu, tem alergia ao cloreto de cobalto. 

Não havia escrito sobre essa minha alergia ainda, pois das quatro substâncias a que sou alérgica, o cloreto de cobalto certamente é o que me dá MENOS trabalho. Portanto, fique tranquila Alexandra!

Eu sei como é ser diagnosticada com uma alergia e encontrar pouquíssimas informações decentes na internet. 

Não achei nenhuma página em português que valesse a pena sobre essa alergia, mas gostei dessas abaixo (em inglês). Uma delas inclusive é um vídeo sobre alergia de contato ao cloreto de cobalto. 


Diferentemente do Kathon CG, o cloreto de cobalto não tem muitos sinônimos, e é facilmente reconhecido nas embalagens. Alguns fabricantes preferem os nomes em inglês: "Cobalt Blue", "Cobaltous Chloride" ou "Cobalte chloride". 


Conforme se vê nos links, o cloreto de cobalto pode ser achado em pigmentos azuis/violeta e também em metais, acompanhado do níquel. A alergia a metais rende uma postagem própria, logo vou deixar para falar especificamente sobre ela em outro momento.

Sobre a alergia desencadeada por cosméticos, o único item que realmente fica difícil é a tintura para cabelo. 

Eu só posso usar Henna ou então descolorante. Felizmente eu ainda não tenho muitos cabelos brancos, então a henna tem funcionado bem para mim. 

Blue Cobalt Chloride
Imagem daqui: http://www.cobaltchloride.net/
No começo eu evitava comprar esmaltes e sombras que tivessem a cor azul ou violeta, mesmo que na embalagem não houvesse menção específica ao cloreto de cobalto. Com o tempo percebi que essas tonalidades não me causam alergia nenhuma. 

A lista de substâncias que pode ter o cloreto de cobalto é bem assustadora, mas pelas minhas pesquisas parece que o problema mesmo é para quem participa da produção dos materiais. Dessa maneira, a não ser que você trabalhe em uma indústria de tinta ou cimento, dificilmente terá alergia pelo toque esporádico com os produtos secos e acabados

 (Digo "parece" pois como perceberam sou também paciente, e não técnica no assunto !)

Enfim, espero ter ajudado... Distância de tintas e olho nas embalagens!!!


sábado, 21 de setembro de 2013

Alergia dos leitores - Alergia a "borrachudo"



Olá pessoal,

Demorei um pouco para responder os comentários dessa vez, pois estava envolvida nos preparativos da festinha de aniversário do meu filho, e depois fiz uma pequena viagem a trabalho.
Felizmente já se foi o tempo em que as minhas alergias eram a minha principal preocupação, e assim espero que aconteça com cada leitor deste blog!

Enfim, a postagem de hoje é bastante interessante pois a alergia não é minha! Isso mesmo, apesar de ter um vasto repertório de alergias, este sintoma específico a picadas de borrachudo eu não tenho.

O relato foi escrito por uma grande amiga minha, após um final de semana que passamos na praia, quando ela teve o azar de ser picada por um borrachudo e ficou com o braço muito inchado. Tenho certeza que outros alérgicos vão se identificar com a história dela.
Este é o borrachudo (Imagem Google)
Para quem não sabe, colamos abaixo a explicação do Wikipédia sobre o inseto:

O termo borrachudo é a designação comum a diversas espécies de insetos dípteros, da família Simuliidae, famosos pelas fêmeas hematófagas, cuja picada causa intensa irritação, edema e até mesmo vesículas. Medem entre 1 e 5 milímetros de comprimento, possuem coloração negra. Gosta de umidade, vivendo em matas sombrias, com água corrente ou montes de mato cortado molhados pelo orvalho e/ou chuva. 

E lá vai o relato da minha amiga:

" Final de semana na praia e, recomeça o pesadelo. Tudo por causa de um inseto infame, o tal do borrachudo, que conheci depois que me mudei para São Paulo. Cresci em Manaus, no meio da floresta amazônica, e convivi desde pequena com todas as espécies de mosquito, inclusive o da febre amarela e malária, e nunca tive problemas. Mas, o tal do borrachudo, que empesteia o litoral de São Paulo, tem alguma coisa com que meu corpo resolveu implicar. Resultado, membros (no caso superior) inchado, vermelho e pegando fogo. Apelidos que recebi: pãozinho e Hellboy.

Descuidei por alguns minutos e PIMBA! Fui premiada. Tinha acabado de passar o repelente na perna e esqueci-me dos braços. A única em um grupo de 16 adultos e 2 crianças a ser picada. Ou, pelo menos, a ter alergia. O ataque aconteceu ao entardecer, por volta das 17 horas. Começou com um pontinho vermelho (sangue coagulado) no local da picada. Depois, uma bolinha vermelha ao redor que vai inchando, ficando vermelho, inchando, coçando, inchando, aumentando, inchando, espalhando, inchado ...

Como de costume, demorei a aceitar o que já estava em processo. Primeiro eu pensei: não é nada, já passa. Fui dormir pensando, ´quando acordar já passou´. Acordei e a coisa foi piorando. Até que tive que aceitar o que estava acontecendo. Não tem jeito, sou alérgica a picada de borrachudo mesmo. A vida é assim: tem gente que não pode comer camarão, nozes e glúten, ou não podem tomar leite, ou não podem ter cachorro, e outros podem fazer tudo isso que não acontece nada. Eu faço parte do primeiro grupo e tenho que aceitar.

Depois de aceita a minha condição de alérgica, o próximo passo foi buscar ajuda (está até parecendo papo de dependente químico). Do grupo de 16 adultos apenas um tinha um antialérgico na mala. 
Finalmente fui salva! Confesso que nem eu costumo carregar os meus. Logo, essa pessoa ou é uma santa, ou uma sofredora.

 (PAUSA NO RELATO: Adivinhem QUEM era a pessoa que tinha antialérgicos????? rssss) 

O remédio fez o quadro estabilizar, mas não regredir. Já estou acostumada com o processo que demora de 2 a 3 dias para dar sinais de melhora. Já cheguei a riscar minha pele com canetinha para monitorar se o inchaço estava espalhando ou não (no caso anterior estava piorando e corri para o hospital). Mas, como dessa vez o membro atingido foi o braço direito, terei que confiar na memória. Até para tirar as fotos tive certa dificuldade. Seria muito mais interessante postar a foto dos dois braços juntos para vocês notarem a diferença. Mas, percebi que seria humanamente impossível tirar foto dos dois braços ao mesmo tempo sozinha.

Fico pensando se algum dia poderei ser uma pessoa normal e ir para as praias do litoral de São Paulo sem me preocupar. Será que meu corpo vai algum dia aceitar a “baba” desse insetinho insignificante sem fazer esse escândalo todo? Até que isso aconteça, terei que aceitar e conviver com a minha condição. Praia = repelente no corpo todo + antialérgico no bolso."

Fotos do braço dela bem inchado, após dois dias da picada de borrachudo. A terceira foto fui eu que tirei um dia depois, quando voltávamos de carro da praia, para mostrar a comparação entre os braços. 
Cris, muito obrigada por permitir que eu compartilhasse seu relato e fotos no blog! 

Alguém mais tem alergia a picada de borrachudo por aí?