Naquela época fui a diversos médicos em busca de respostas (dermatologisas, alergista, clínico geral). Todos eles disseram que a causa da minha alergia poderia ser "emocional". E pronto.
Quando eles falavam que era de causa emocional, eu sempre tinha a impressão que estavam querendo dizer: "então é problema seu".
Acredito sim que várias doenças tem causa emocional e naquela época eu estava voltando a trabalhar depois da licença maternidade que, é claro, tem um enorme peso emocional associado.
Porém, na minha concepção sempre muito prática e racional, aquela não poderia ser a única explicação, afinal milhares de mães voltam ao trabalho todos os dias e nem por isso ficam cheias de bolhas e feridas. Além do que, "problemas emocionais" TÊM CURA.
Bem, já que falaram que a causa era emocional, fui atrás dos profissionais que poderiam achar a solução para o meu problema: uma psicóloga e a uma psiquiatra. Como eu já disse, eu sou uma pessoa extremamente racional e objetiva, então quem me conhece sabe que procurar terapia me colocava no auge do desespero, mas eu fui.
A psiquiatra me receitou um remédio controlado para acalmar. Não tomei. Estava amamentando e fiquei com medo dos efeitos colaterais do remédio em mim e no bebê. A psicóloga começou a escarafunchar meu passado e presente em busca de respostas para uma crise emocional que pudesse desencadear algo daquele jeito.
Na minha opinião, ela não achou. Fiz as sessões que estavam cobertas pelo meu plano de saúde e parei. Não sei se eu não me identifiquei com a profissional ou se terapia realmente não é para mim, pelo menos não nesse momento da minha vida.
Finalmente em abril de 2011 encontrei meu "anjo da guarda", a alergista Dra. Patrícia Barros, que me diagnosticou a dermatite atópica, me receitou os testes de alergia e os medicamentos adequados. Tive que tomar antibiótico por duas semanas, pois minha pele já estava totalmente infeccionada.
Mas enfim, o objetivo desse post é mostrar indignação com os médicos que afirmaram que a minha alergia era "emocional", sem receitar um teste sequer de alergia ou levantar outras possibilidades. Não estou negando a influência dos fatores emocionais na dermatite atópica, o que já está mais que comprovado, só acho um absurdo os médicos quererem que você "se vire então com seus problemas que a alergia passa".
Minha mão, no auge da alergia.... isso pode ser só emocional???
Minha mão hoje completamente sem lesões (esmalte sem formol, é claro)