sábado, 21 de setembro de 2013

Alergia dos leitores - Alergia a "borrachudo"



Olá pessoal,

Demorei um pouco para responder os comentários dessa vez, pois estava envolvida nos preparativos da festinha de aniversário do meu filho, e depois fiz uma pequena viagem a trabalho.
Felizmente já se foi o tempo em que as minhas alergias eram a minha principal preocupação, e assim espero que aconteça com cada leitor deste blog!

Enfim, a postagem de hoje é bastante interessante pois a alergia não é minha! Isso mesmo, apesar de ter um vasto repertório de alergias, este sintoma específico a picadas de borrachudo eu não tenho.

O relato foi escrito por uma grande amiga minha, após um final de semana que passamos na praia, quando ela teve o azar de ser picada por um borrachudo e ficou com o braço muito inchado. Tenho certeza que outros alérgicos vão se identificar com a história dela.
Este é o borrachudo (Imagem Google)
Para quem não sabe, colamos abaixo a explicação do Wikipédia sobre o inseto:

O termo borrachudo é a designação comum a diversas espécies de insetos dípteros, da família Simuliidae, famosos pelas fêmeas hematófagas, cuja picada causa intensa irritação, edema e até mesmo vesículas. Medem entre 1 e 5 milímetros de comprimento, possuem coloração negra. Gosta de umidade, vivendo em matas sombrias, com água corrente ou montes de mato cortado molhados pelo orvalho e/ou chuva. 

E lá vai o relato da minha amiga:

" Final de semana na praia e, recomeça o pesadelo. Tudo por causa de um inseto infame, o tal do borrachudo, que conheci depois que me mudei para São Paulo. Cresci em Manaus, no meio da floresta amazônica, e convivi desde pequena com todas as espécies de mosquito, inclusive o da febre amarela e malária, e nunca tive problemas. Mas, o tal do borrachudo, que empesteia o litoral de São Paulo, tem alguma coisa com que meu corpo resolveu implicar. Resultado, membros (no caso superior) inchado, vermelho e pegando fogo. Apelidos que recebi: pãozinho e Hellboy.

Descuidei por alguns minutos e PIMBA! Fui premiada. Tinha acabado de passar o repelente na perna e esqueci-me dos braços. A única em um grupo de 16 adultos e 2 crianças a ser picada. Ou, pelo menos, a ter alergia. O ataque aconteceu ao entardecer, por volta das 17 horas. Começou com um pontinho vermelho (sangue coagulado) no local da picada. Depois, uma bolinha vermelha ao redor que vai inchando, ficando vermelho, inchando, coçando, inchando, aumentando, inchando, espalhando, inchado ...

Como de costume, demorei a aceitar o que já estava em processo. Primeiro eu pensei: não é nada, já passa. Fui dormir pensando, ´quando acordar já passou´. Acordei e a coisa foi piorando. Até que tive que aceitar o que estava acontecendo. Não tem jeito, sou alérgica a picada de borrachudo mesmo. A vida é assim: tem gente que não pode comer camarão, nozes e glúten, ou não podem tomar leite, ou não podem ter cachorro, e outros podem fazer tudo isso que não acontece nada. Eu faço parte do primeiro grupo e tenho que aceitar.

Depois de aceita a minha condição de alérgica, o próximo passo foi buscar ajuda (está até parecendo papo de dependente químico). Do grupo de 16 adultos apenas um tinha um antialérgico na mala. 
Finalmente fui salva! Confesso que nem eu costumo carregar os meus. Logo, essa pessoa ou é uma santa, ou uma sofredora.

 (PAUSA NO RELATO: Adivinhem QUEM era a pessoa que tinha antialérgicos????? rssss) 

O remédio fez o quadro estabilizar, mas não regredir. Já estou acostumada com o processo que demora de 2 a 3 dias para dar sinais de melhora. Já cheguei a riscar minha pele com canetinha para monitorar se o inchaço estava espalhando ou não (no caso anterior estava piorando e corri para o hospital). Mas, como dessa vez o membro atingido foi o braço direito, terei que confiar na memória. Até para tirar as fotos tive certa dificuldade. Seria muito mais interessante postar a foto dos dois braços juntos para vocês notarem a diferença. Mas, percebi que seria humanamente impossível tirar foto dos dois braços ao mesmo tempo sozinha.

Fico pensando se algum dia poderei ser uma pessoa normal e ir para as praias do litoral de São Paulo sem me preocupar. Será que meu corpo vai algum dia aceitar a “baba” desse insetinho insignificante sem fazer esse escândalo todo? Até que isso aconteça, terei que aceitar e conviver com a minha condição. Praia = repelente no corpo todo + antialérgico no bolso."

Fotos do braço dela bem inchado, após dois dias da picada de borrachudo. A terceira foto fui eu que tirei um dia depois, quando voltávamos de carro da praia, para mostrar a comparação entre os braços. 
Cris, muito obrigada por permitir que eu compartilhasse seu relato e fotos no blog! 

Alguém mais tem alergia a picada de borrachudo por aí?